ERCOB 2024 em João Pessoa: Gestão Hídrica no Nordeste

ERCOB 2024 em João Pessoa: Gestão Hídrica no Nordeste
*Encontro Regional de Comitês de Bacias Hidrográficas na Paraíba destaca gestão eficiente de recursos hídricos no Nordeste*

*João Pessoa, Paraíba* - O último dia do Encontro Regional de Comitês de Bacias Hidrográficas (ERCOB) na capital paraibana contou com um importante depoimento do Diretor de Gestão de Recursos Hídricos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), Aldo Azevedo. Azevedo destacou a importância e a eficácia dos encontros regionais na gestão dos recursos hídricos, comparando-os aos encontros nacionais.

Segundo Aldo Azevedo, esses encontros regionais permitem uma troca de experiências mais legítima e direcionada às necessidades específicas de cada região. No caso do Nordeste, a região enfrenta um grande déficit hídrico, o que torna essencial uma gestão eficiente e precisa dos recursos hídricos. "O grande debate aqui foi a gestão dos recursos hídricos na região Nordeste. É uma região com um sério problema de déficit hídrico, e por isso a gestão precisa ser feita com maior acurácia e eficiência", destacou Azevedo.

*Avanços na Gestão Hídrica*

O superintendente ressaltou os avanços significativos na gestão hídrica da região, motivados pela necessidade urgente de resolver os problemas de escassez. "Quanto maior a crise hídrica, maior é a eficiência na gestão, e há um compromisso maior dos órgãos gestores para resolver a questão", disse ele. A crise hídrica, conforme enfatizado por Azevedo, leva à conscientização e à ação coordenada dos comitês de bacias, que devem atuar de forma integrada e eficiente.

Azevedo também criticou a visão equivocada de que o Brasil tem uma abundância de água e, portanto, não precisa se preocupar com a gestão hídrica. Ele citou os recentes episódios de secagem dos rios Madeira, Negro e Solimões na Amazônia como exemplos de que até regiões tradicionalmente consideradas ricas em água podem enfrentar sérios problemas de escassez.

*Importância dos Encontros Regionais*

Os encontros regionais, segundo Azevedo, são essenciais para discutir e resolver problemas específicos de cada região antes de levar as conclusões para um encontro nacional. No Nordeste, por exemplo, a gestão de recursos hídricos é vista como uma ferramenta crucial para minimizar os efeitos da escassez. "A água no Nordeste é uma solução para os problemas, e precisa ser bem aproveitada e bem gerida", afirmou Azevedo.

Ele comparou a gestão de recursos hídricos à gestão financeira doméstica, onde é necessário priorizar demandas e melhorar a eficiência do uso. "Com pouca água, é preciso melhorar a eficiência no uso, utilizando instrumentos de gestão para diminuir o desperdício e alocar a água de maneira mais eficaz", explicou.

*Preparativos para o Encontro na Região Norte*

Azevedo também mencionou a preparação para o próximo ERCOB na região Norte, que ocorrerá em novembro. Ele destacou as diferenças significativas entre as regiões Norte e Nordeste, mas enfatizou que os problemas de gestão hídrica são comuns a todas as regiões. "A diferença é que a gestão só se torna prioridade quando a crise hídrica bate à porta", disse.

Ele apontou a necessidade de participação ativa dos estados da região Norte no próximo encontro para discutir suas próprias questões hídricas e aprender com as lições do Nordeste. Azevedo observou que, enquanto a região Nordeste tem muitos comitês de bacia, a região Norte tem poucos, o que precisa ser corrigido para melhorar a gestão hídrica.

*Conclusão*

O depoimento de Aldo Azevedo no ERCOB de João Pessoa reforça a importância de encontros regionais para a gestão eficiente dos recursos hídricos. A troca de experiências e a discussão de problemas específicos de cada região são essenciais para desenvolver soluções eficazes e coordenadas. O foco no Nordeste, com suas particularidades e desafios, serviu como exemplo de como a escassez pode motivar uma gestão mais eficiente e comprometida. Agora, os preparativos se voltam para o próximo encontro na região Norte, com a expectativa de que as lições aprendidas no Nordeste possam ser aplicadas e adaptadas às necessidades do Tocantins.

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